Equipamento custa em torno de R$ 150; cicloativista dá outras dicas simples de como evitar furtos
Uma tranca em U e uma corrente. É com esses materiais que o ciclista evita a desagradável surpresa de buscar a bicicleta estacionada na rua, em paraciclos ou postes, e descobrir que foi vítima de furto, segundo explica o cicloativista William Cruz, criador do site Vá de Bike.
“Esse equipamento chega a custar R$ 150. É preciso pensar o seguinte: o seguro do carro custa, geralmente, 10% do preço do veículo, e tem de ser pago todos os anos. Esses equipamentos são o seguro da bicicleta. Você deve gastar 10% do valor da bicicleta para protegê-la”, afirma Cruz. E paga uma vez só.
Como fazer. De acordo com o cicloativista, a bicicleta deve ser presa ao paraciclo de forma que a trava em U prenda tanto o quadro quanto a roda traseira da bike.
Uma dica na hora de escolher a trava em U: o ciclista deve procurar um modelo que trave nos dois lados da peça. “Usando um pé de cabra, os caras conseguem estourar a trava. Mas é de um jeito que sempre estraga também a bicicleta”, diz Cruz. Ele evita dar mais detalhes para não “facilitar” a vida dos ladrões.
Após prender, com a trava em U, a roda traseira e o quadro no paraciclo, Cruz ensina que é bom, também, fixar uma corrente entre a trava em U e a roda dianteira. “Eles roubam mesmo as rodas”, garante.
Há travas projetadas justamente para facilitar o desmonte da roda – o material foi desenvolvido para que ciclistas trocassem rapidamente a roda caso, por exemplo, o pneu estourasse.
“Mas facilitou também a vida do ladrão”, diz o cicloativista. Mesmo quem tem a roda presa por conjuntos de porca e parafusos comuns também deve acorrentar a roda. “Se um cara tiver uma chave, leva.”
Quem tem bicicleta cara também pode investir em travas com combinações para prender o banco. Há modelos que dificultam o roubo do equipamento, em que é possível tirá-lo apenas se estiver de ponta-cabeça.
Ainda é importante lembrar de levar consigo todos os materiais destacáveis da bicicleta, como lanternas dianteira e traseira e garrafas plásticas.
Cruz adverte, por fim, que correntes muito finas podem ser facilmente cortadas com alicate.
Fonte: Estadão