Aplicativos para transporte público ganham novas funções e miram uso diário

Depois de ajudar motoristas a chegar mais rápido ao destino e revolucionar o serviço de táxi, o setor de tecnologia a a dar mais atenção aos ageiros de outros meios de transporte.

Aplicativos para facilitar as viagens feitas de trens, ônibus, metrô e bicicleta ganham novas funções e ajudam a escolher a melhor forma de se deslocar pela cidade.

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  • Se antes os dados se resumiam à qual linha pegar, a partir deste ano eles aram a oferecer informações apuradas em tempo real.

    Dentre as mais de dez opções disponíveis em São Paulo, destacam-se os aplicativos Citymapper, Google Maps e Moovit. Os três reúnem dados sobre vários meios e mostram a cada momento qual a melhor opção para ir de um ponto a outro, incluindo caminhar, pegar um táxi ou chamar o Uber.

    “Quem usa a rede pública diariamente conhece as rotas. O importante é saber que horas o ônibus vai ar”, explica Marcus Leal, gerente do Google Maps. “A pesquisa de rotas de transporte público e bicicleta vem crescendo muito, enquanto a navegação por carro tem caído em termos proporcionais.” Um dos motivos é o aumento do uso de smartphones entre pessoas de menor renda.

    O Google Maps permite ver as novas ciclovias e traçar rotas de bicicleta. O ciclista pode ouvir o o a o, como “vire à direita” nos fones de ouvido do celular. “Essa função, lançada há seis meses, já tem tantos usuários aqui quanto em cidades da Europa”, diz Marcus Leal, sem citar números.

    No Citymapper, que chegou a São Paulo em abril, há também informações sobre estações de empréstimo de bicicletas e se há veículos disponíveis. Para quem anda de metrô e trem, o aplicativo informa em qual vagão embarcar para ar mais rápido a escada de saída e soma o tempo de caminhada entre plataforma e calçada.

    “Visitei pessoalmente todas as estações para cronometrar os tempos”, diz o inglês Damian Bown, diretor de desenvolvimento do Citymapper, cuja base funciona num espaço de coworking em Londres. “O transporte de São Paulo é melhor do que os paulistanos pensam”, analisa.

    O Moovit, criado em Israel, lançou na semana ada uma função para acompanhar o ageiro durante a viagem de ônibus e ajudá-lo a saber em quanto tempo chegará ao destino.

    No futuro, esses aplicativos poderão assumir novas funções, como ser o canal de reclamações entre cidadãos e gestores públicos, embora o governo também invista em sistemas próprios.

    A SPTrans mantém o site Olho Vivo, com dados sobre a localização dos ônibus em tempo real pela cidade e oferece o aplicativo de recarga do Bilhete Único (Ponto Certo).

    Mesmo com tantas funções, esses aplicativos são gratuitos para os ageiros pois o custo é pago por investidores, que esperam fomentar um sucesso similar ao Waze, comprado pelo Google por um valor estimado em US$ 1 bilhão após atrair milhões de usuários, que compartilham dados como blitz no caminho. Andar de ônibus nunca teve tanto valor.

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