Tribunal de Justiça do Paraná nega recurso e Carli Filho pode ir a júri popular ainda neste ano

O Tribunal de Justiça do Paraná negou seguimento do recurso interposto pela defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho para que o caso fosse julgado pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. A defesa ainda pode recorrer pelo instrumento de agravo.

Com a decisão, assinada pelo desembargador Renato Braga Bettega, Carli Filho pode ir a júri popular ainda este ano – conforme já havia sido decidido pelo Tribunal de Justiça do Paraná anteriormente.

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  • Em 2012, o Tribunal de Justiça do Paraná já tinha negado recurso da defesa do ex-deputado estadual, que pedia que o caso fosse julgado como duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Isso evitaria que o ex-deputado fosse submetido a júri popular.

    O advogado da família Yared, Elias Mattar Assad, afirma que a expectativa agora é para saber a data em que será marcado o júri popular. “Esperamos que isso aconteça este ano”, diz.

    Carli Filho se envolveu em um acidente de trânsito em 7 de maio de 2009, em Curitiba, que resultou na morte de Gilmar Rafael Souza Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos.

    Em nova decisão, em 2014, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná tinha encontrado, mais uma vez, indícios de que Carli Filho assumiu o risco de matar ao dirigir em alta velocidade.

    De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público do Paraná, Carli Filho estava alcoolizado e trafegava em alta velocidade. Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que o carro dirigido pelo ex-deputado estava entre 161 e 173 quilômetros por hora no momento da colisão com o automóvel em que estavam as vítimas.

    No ano ado, por unanimidade de votos o Tribunal de Justiça do Paraná decidiu que o teste de alcoolemia de Carli Filho não terá validade. O exame, que teria registrado 7,8 decigramas de álcool, foi realizado sem o consentimento do acusado enquanto ele estava inconsciente no Hospital Evangélico, com amostras de sangue colhidas judicialmente do laboratório da instituição de saúde.

    O advogado Gustavo Scandelari, que integra a defesa do ex-deputado estadual, informa que irá entrar com o pedido de agravo. Ele explica que a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná  impediu o seguimento do recurso ao Superior Tribunal de Justiça.

    “Com o agravo, poderemos ter uma posição das instâncias superiores”, afirma. O objetivo, segundo ele, é o de evitar que Carli Filho vá para júri popular. “Nossa luta no campo jurídico permanece o mesmo. No nosso entendimento, não é caso para júri popular”, afirma.

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